quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Nossa experiência com cama compartilhada.


Quando Marina nasceu queríamos fazer tudo conforme manda o figurino, ou melhor, conforme as recomendações dos pediatras, educadores etc. Então fizemos o quartinho de Marina com muito amor, decorado pelo papai, com tudo que tem que ter...etc Decidimos por um berço também no nosso quarto, mas só para o primeiro mês, até que ficasse maior e depois disso eu levantaria para amamentar (hahahaha). 

Até então tudo lindo, afinal nossa bebê devia ter seu próprio quarto, seu ambiente, e um bebê no quarto dos pais tira a privacidade, além de ser perigoso para o bebê!!!! (Discursinho bem característico dessa nossa sociedade ocidental e capitalista e o pior é que a maioria de nós cai nessa) E foi assim, quando ela estava com quase dois meses passou para o quartinho dela (fica em frente ao meu), com babá eletrônica ligada no volume máximo para que ao menor sinal eu ou o pai pudéssemos ir até lá. Eu confesso que isso me incomodava muito, meu coração ficava apertadinho, eu pensava: eu gosto de dormir acompanhada, eu sou adulta e sei me proteger e minha filha tão pequena tem que ficar sozinha enquanto estamos eu e o pai dela no quarto ao lado? Me pareceu injusto, mas mesmo assim me mantive forte e continuei.

Os dias passaram e ficava cada vez mais difícil levantar várias vezes a noite, dar mamar, colocar para dormir e voltar para meu quarto. Daí o maridex passou a levantar, pegar Marina e levar para mim e íamos nessa,   só que ninguém dormia direito. Foi ai que apelei e comprei o famigerado livro Nana Nenê (ai que vergonha...), porque ela passava horas acordada de madrugada e sempre que falava com alguém me relatavam que seus filhos dormiam. É claro li o livro, mas achei cruel deixar chorar e fui em busca de mais informações, daí achei o MARAVILHOSO Dr Carlos Gonzales e seu livro Besame Mucho. Foi paixão a primeira lida! Me identifiquei de cara, o texto dele nos faz refletir sobre as expectativas exageradas que nossa sociedade põe sobre a díade mãe-filho, tentando afastá-los cada vez mais, pois essa é uma prerrogativa da sociedade moderna capitalista em que vivemos.

Separei uns trechos sobre o choro e o despertar noturno dos bebês:

"Os recém-nascidos necessitam do contato físico; provou-se experimentalmente que, durante a primeira hora depois do parto, os bebês que estão no berço choram dez vezes mais do que aqueles que se encontram nos braços da mãe.
Ao fim de alguns meses, é provável que se conformem com o contato visual. O seu filho ficará contente, pelo menos durante algum tempo, se a puder ver e se a leitora lhe sorrir e dirigir a palavra de vez em quando. Há 100 000 anos, as crianças de meses provavelmente nunca se separavam da mãe, porque isso significava ficarem no chão nus. Atualmente, estão bem protegidos num local macio, e, mesmo que o instinto lhe continue a dizer que estarão melhor ao colo, são tão compreensivos e têm tanta vontade de nos fazerem felizes que a maioria se resigna a passar alguns minutos na cadeirinha. Mas, assim que você desaparecer do
seu campo visual, o seu filho começará a chorar como se o estivessem a matar .
Quantas vezes se ouviu uma mãe proferir esta frase! Porque efetivamente a morte foi, durante milhares de anos, o destino dos bebês cujo pranto não obtinha resposta.
É claro que o ambiente onde criamos os nossos filhos é atualmente muito diferente daquele em que evoluiu a nossa espécie.
Quando a leitora deixa o seu filho no berço, sabe que ele não vai passar frio ou calor, que o teto o protege da chuva e as paredes, do vento, que não será devorado por lobos ou por ratos, nem picado por formigas; sabe que estará apenas a alguns metros, no quarto ao lado, e que acudirá prontamente ao menor problema. Mas o seu filho não sabe isso. Não pode sabê-lo.
Reage exatamente como teria reagido um bebê do Paleolítico. O seu pranto não responde a um perigo real, mas a uma situação, a separação, que durante milênios significou invariavelmente perigo".


"Onde dormiam os bebês há 100 000 anos? Não existiam casas, nem berços, nem roupa. Certamente que dormiam junto à mãe ou sobre ela, numa cama de folhas improvisada. O pai não devia dormir muito longe, e a tribo inteira permanecia apenas a alguns metros de distância. Só assim conseguiam sobreviver durante o sono, o momento mais vulnerável do dia.

Recordação daqueles tempos é o hábito de marido e mulher dormirem juntos e a desolação (por vezes verdadeira insônia) que nós, adultos, costumamos sentir quando uma viagem nos obriga a dormir separados do nosso parceiro habitual. Muitas mães, se o marido dorme fora de casa, deixam que os filhos venham para a sua cama e não é fácil dizer qual dos dois encontra mais consolo com a companhia.
Imagina um bebê sozinho, nu, a dormir no chão e ao ar livre, a cinco ou dez metros da mãe durante seis ou oito horas seguidas? Não teria sobrevivido."


E continua...



"Naquela tribo, há 100 000 anos, duas mães foram dormir com os filhos. Não sabemos exatamente como o faziam, mas sabemos o que fazem atualmente os chimpanzés: ao cair da noite, cada adulto prepara um leito macio com folhas e ramos e deita-se para dormir. Os chimpanzés não possuem camas de casal, o macho e a fêmea dormem separados (ainda que não muito afastados, é claro; na tribo, todos dormem perto uns dos outros). É claro que a mãe e o filho dormem juntos até que este complete cerca de cinco anos.

À meia-noite, aquelas duas mulheres primatas acordaram; por motivos que desconhecemos, afastaram-se, deixando os filhos no solo. Uma das crianças era daquelas que acordam a cada hora e meia; a outra era das que dormem durante toda a noite, num só sono.
Qual das duas crê que nunca mais acordou? Ou então acordaram ambas ao mesmo tempo, mas uma delas começou a chorar imediatamente e a outra apenas depois de cerca de três horas, quando começou a sentir fome. Qual delas morreu de fome? Uma começou a chorar imediatamente, enquanto a outra permaneceu calada até que o aparecimento de uma hiena a assustou. Qual delas terá a hiena comido? Uma delas, quando começava a chorar, só parava quando a mãe voltava e a acalmava; podia chorar meia hora, uma hora, todo o tempo necessário, até a exaustão. A outra, pelo contrário, chorava durante alguns minutos e, se
ninguém aparecia, voltava a adormecer. Qual das duas dormiu para nunca mais despertar?
Adivinhou: os nossos filhos estão geneticamente preparados para acordar periodicamente. Os nossos filhos herdaram os genes dos sobreviventes, dos vencedores da dura luta pela vida.
Não dormem de um só sono, pelo contrário, passam, como os adultos, por vários ciclos de sono durante a noite. A duração de cada ciclo é variável, entre apenas vinte minutos e um pouco mais de duas horas; a duração média vem a ser de hora e meia nos adultos, mas apenas de uma hora nos bebês. Entre cada ciclo, passamos por uma fase de despertar parcial , que facilmente se torna despertar completo.
Mesmo os especialistas que ensinam as crianças a dormir reconhecem esse fato; o objetivo dos seus métodos não é conseguir que a criança não acorde, isso é impossível. O que querem é que, quando acorda, em vez de chamar pelos pais, se mantenha calada até voltar a adormecer.
As crianças estão de guarda para se certificarem de que a mãe não se foi embora. Se o bebê consegue cheirar a mãe, tocar-lhe, ouvir a sua respiração, talvez mesmo mamar, volta a adormecer de seguida. Em muitas das vezes, nem a mãe nem o bebê despertam completamente.
Mas, se a mãe não está, a criança acorda completamente e começa a chorar. Quanto mais tempo tiver chorado antes que a mãe lhe acuda, mais nervosa estará e também mais difícil de consolar."



Depois de ler esse livro (de uma tirada só na madrugada entre as mamadas - hehehe) eu tive muito mais forças para admitir e por em prática tudo o que eu sentia e trouxe minha filha para perto de mim, foi uma alívio confesso. O livro nana nenê do Dr Estevil joguei no lixo, porque se não quero uma coisa para minha filha não quero para o filho de ninguém, então nem para emprestar serviria.


Ela voltou ao nosso quarto e passamos a fazer cama compartilhada/quarto compartilhado, pois uma parte da noite dorme em um berço colado na nossa cama e em outra parte ao meu lado. Ela ainda acorda a noite, mas volta a dormir bem mais rápido, mama e as vezes eu mesma nem percebo, acabamos desenvolvendo uma sincronia enorme e acordo ao menor suspiro dela, mas também geralmente volto a dormir com muita facilidade.

Sei que esse tema é polêmico, uns "especialistas" são contra outros a favor, mas acho que o que vale mesmo é o que você sente, o que é mais prático e correto para vocês. Aqui tem um artigo do laboratório de estudos econômicos da UERJ sobre o tema.

Uma coisa importante para quem quer fazer cama compartilhada é estar atento aos requisitos de segurança que temos que adotar,  aqui e aqui tem um material ótimo sobre o assunto (Material do Grupo - Soluções para noites sem choro e um Guia da UNICEF) é bom dar uma lida para adotar medidas de segurança adequadas para seu bebê.

Desculpem-me os pitaqueiros de plantão, mas nem adianta perguntar: _ e se ela sempre quiser dormir na cama de vocês? Minha resposta seria: você conhece algum adolescente que prefere dormir com os pais a ter sua privacidade em seu quarto? Pois é, sei que ela não vai dormir sempre assim, para tudo tem seu tempo. Essa é a resposta que estamos dando a demanda atual dela, depois virão outras. E para ser sincera, queria eu dormir sempre sentindo o cheirinho da minha magrina... vou aproveitar enquanto ela quer :)

E a intimidade do casal como é que fica? Bom, pitaqueiro que pergunta isso não tem lá muita imaginação não é? Se há amor e cumplicidade entre o casal sempre se arruma um jeito para namorar.

Em fim essa foi a forma que nós encontramos, a que nos adaptamos melhor, mas é certo que cada família encontra as suas próprias formas. Nem todas as crianças são iguais, assim como seus pais. De forma que tá valendo tudo, na mesma cama, em camas separadas no mesmo quarto ou em quartos separados, já dizia o jargão popular "cada um no seu cada um, e deixa o cada um dos outros", desde que haja amor e que você não deixe seu bebezico chorando.


sábado, 26 de janeiro de 2013

A caixa de tesouros de Marina

Com Marina crescendo tenho buscado atividades lúdicas adequadas para a sua idade que possam entretê-la e de quebra ajudem no seu desenvolvimento. Tenho lido bastante sobre pedagogia, brincadeiras e duas metodologias me chamaram atenção a Waldorf e a Montessori. 

No meio das minhas leituras vi que para bebês da idade de Marina, segundo Montessori, se aplica a educação sensorial, ou seja, estimular o uso dos sentidos isso por meio de objetos e atividades. Um dos pré-supostos do método de Montessori é desenvolver a autonomia da criança por isso os brinquedos e ambiente em que ela está devem ser adequados as suas necessidades, do tamanho que consigam manipular com facilidade por exemplo.

Daí me deparei com algumas idéias, uma que está fazendo sucesso aqui em casa é a Caixa de Tesouros, ela é bem simples, consiste em uma caixa de papelão devidamente encapada e com três furos de tamanhos diferentes em cima e aberturas maiores dos lados. 

Nossa caixa vista por cima:

De lado:


Com os furos de lado (ela prefere assim)



A nossa caixa eu encapei com papel plástico para Marina poder babar a vontade rsrsrs.

Essa brincadeira estimula muito a curiosidade do bebê que vai mexer para ver o que tem dentro, seu equilíbrio, destreza e coordenação motora também. Hoje olhando Marina brincar vi como ela tentava fazer um brinquedo enorme passar pelo buraco menor e quando não conseguiu se irritou, tentou, choromingou e por fim conseguiu passar o brinquedo pelo buraco maior, eu lógico fiquei toda boba com essa pequena grande conquista de minha Marina.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que é realmente necessário no enxoval do bebê


A ideia desse post surgiu quanto estava arrumando as gavetas de Marina e vi quanta coisa que ela tem e não usa, se eu engravidasse de novo com toda a certeza faria um enxoval totalmente diferente.

Na minha pequena experiência como mãe notei que os enxovais estão cada vez maiores e com mais coisas e apetrechos, muitas vezes inúteis, até porque a única coisa fundamental para seu filho é você, sua presença, seus cuidados seu seio para alimentar. Mas deixando a filosofia de mamãe para lá vamos as impressões que tive:

1. Vestuário e acessórios.

Esses são de enlouquecer qualquer uma, tem muita coisa linda para meninas e para meninos. O que esquecemos é que um recém nascido sai muito pouco de casa e que o conforto dele é muito importante, então roupas muito pesadas cheias de laços e tal acabam sendo desconfortáveis. Outra coisa importante é que eles crescem muito rápido e as vezes as roupas ficam perdidas antes mesmo de usar :(

Dentre as roupinhas que Marina tinha as mais práticas foram os bodies de manga curta (porque no NE faz calor). Os conjuntinhos de pagão tradicionais ela pouco usou, é muita roupa (uma calça, uma camisetinha e uma blusa de mangas por cima) e ela ficava agoniada. Uma roupinha que ela usou muito foi vestidinho (na verdade foram dois) de algodão que minha mãe deu, eles eram fresquinhos e facilitavam a toca de fraldas.

Cometi um erro, no meu enxoval tinha muito mais roupa de sair do que de casa, e as roupas de casa é que são mais usadas, minha sorte foi que minha mãe trouxe várias camisetinhas e calcinhas ou shortinhos, porque no dia a dia é o que se usa.

Quanto aos acessórios, fui agraciada com uma linda menininha que não deixa colocar nada na sua cabeça, não fica com o sapato no pé nem 5 minutos e nem deixava as luvinhas em paz, então pouco usei os acessórios. Dentre os acessórios usei mais as meias, porém luvinhas e touca podem ser muito úteis principalmente para bebês que nascem no frio.

Quanto as fraldas de pano, eu particularmente uso demais, para limpar a boca quando mama, baba ou come, para o gorfo, para ela colocar a cabecinha quando vou ninar, para prender brinquedinhos quando faço caminhadas ou saio com ela. Mas apesar de usar tanto tenho só umas 20 fraldas e são suficientes, porque lavo todo dia então sempre tem fralda limpa. Já os panos de boca (são do mesmo material da fralda só que menores) apesar de ter, não uso muito, fico me perguntando para quê levar dois panos se posso levar só um?

Finalmente as mantas! Tem muitas lindas e combinando até com as roupinhas, mas na minha experiência as mantas mais usadas são as simples de malha de algodão servem para forrar os lugares que você vai deitar o bebê, cobrir quando tá frio... etc. Marina até tem três mantas grossas que levei para maternidade porque lá te sempre ar condicionado, mas essas uso muito pouco. As mantas bonitas com bico e fita também quase não uso, pois são desconfortáveis, então acabo usando sempre as duas mesmas mantas de malha, tem sempre uma em uso e uma lavando rsrsrs.

2. Banho e Higiene.


Nessa categoria são de bastante valia as toalhas fralda (mesmo pano da fralda só que maior, meu esposo sempre confunde rsrsr) porque são mais macias para a pele do bebê. Toalhas de capuz são lindas mas não uso ainda, quem sabe quando ela for maior.

A banheira é um item importante, mas conheço gente que usa bacia, balde ou da banho no chuveiro mesmo. Marina toma banho de todo jeito, chuveiro, balde, bacia e banheira, mas quando era RN eu tinha medo e só usava a banheira. Para mim valeu a pena investir mais em uma banheira com suporte, pois as costas agradecem, outra coisa boa é usar um apoio para a criança na banheira, é muito útil no início principalmente para mamães receosas como eu.

Os itens de higiene são um capítulo a parte, começo dizendo que é melhor que não sejam muito cheirosos de início pois seu bebê é muito sensível e pode ter alergia. Uso shampoo e sabonete líquidos, ambos neutros sem cheiro preferivelmente, por isso eu prefiro usar os produtos da granado, outra opção que achei legal foram os da turma da mônica pois o cheiro é suave, é claro que tô falando de produtos com preço acessível para a maioria de nós. Eu não gosto de sabonete em barra, dificulta muito no banho, o sabonete incha se deixar um pouquinho de água, escorrega... para mim foi um tormento, por isso uso sempre o líquido.

Perfume só comecei a usar quando ela tava com uns 3 meses, passava na roupa e só, hoje com 7 meses passo na roupa e na cabeça, mas ainda não passo no corpinho dela, e nem tem necessidade eles são cheirosos naturalmente.

Pomada contra assaduras, eu usava a cada troca de fraldas mas depois descobri que não precisa se a troca de fraldas for frequente, como nunca deixei ela muito tempo com a mesma fralda testei e não é que ela não teve nada! Só uso as benditas pomadas (detesto a Hipoglós porque é ruim de sair e porque está associada aquele reality ridículo de bebes) para a noite porque fica mais tempo com a mesma fralda.

Lenço umedecido não é bom usar em bebês, a doida aqui levou para a maternidade e causou alergia. Bom mesmo é limpar com água morna e algodão, principalmente enquanto o bebê só mama porque o cocô é mais molinho e não fede. Uso o lenço umedecido hoje em dia para sair, porque nem sempre é possível lavar, mas em casa eu lavo mesmo, na pia do banheiro com sabonete e tudo.

3. Mobília, eletrônicos e passeio.


Os móveis do quanto são importantes mas não essenciais, o berço é uma opção, Marina tem dois (um no quarto dela e um no meu) mas se fosse hoje, com tudo que sei agora faria o quarto dela diferente. Precisa de um lugar para as roupas do bebê, pode ser uma cômoda ou guarda-roupa, se fizer calor ventilador novo e limpo também é uma pedida.

Um item que para mim vale a pena comprar é uma babá eletrônica, serve muito, principalmente para quem não tem ajuda de parentes ou de uma babá. Dá mais segurança para fazer as coisas enquanto o bebê dorme.

Outro item imprescindível é a cadeira de amamentação, ajuda muito com RN nas madrugadas insones rsrsrsr. Mas não precisa ser comprada uma poltrona nova, caso tenha em casa pode adaptar uma, porém é bom que seja de balanço pois ajuda a ninar o neném.

O bebê conforto é importante e obrigatório, tem que ter, já o carrinho de bebê não está sendo muito útil para mim. É ruim de sair com ele nas calçadas esburacadas e desniveladas, então usei muito pouco. Na verdade usei só quando ia sair e ficar muito tempo em algum lugar que não tivesse onde ela dormir, daí dormia no carrinho. Mas se soubesse da realidade não tinha comprado um carrinho tão grande como o meu, tinha esperado ela crescer mais e comprado um menorzinho tipo guarda-chuva que é mais leve e prático, mas só serve para crianças maiores. Na questão transporte para mim um item essencial é um sling, vale a pena cada centavo, é o que uso quando vou sair com Marina, muito prático, leve, confortável e ela adora.

Bolsa para levar as coisas do bebê (e são muitas) é essencial, porém ando pensando em trocar as de Marina por mochila, pesem bem, você tá com o bebê, sua bolsa e a bolsa dele no braço, é muito! A mochila ajuda demais nessas ocasiões. Outra coisinha que comprei e achei MARA foi um trocador portátil, fecha com velcro e tem espaço para as fraldas, lenços e pomadas (se você usa), já saí algumas vezes só com ele dentro da minha bolsa.

4. Cama.


Os conjuntos de berço com lençol de forrar, de cobrir e fronha aqui em casa são trocados a cada 3 dias mais ou menos, ou se Marina sujar claro, tenho 8 conjuntos mas acho demais porque na verdade uso só 4 que são os que gosto mais. 

Os protetores de berço são lindos e caros, porém não é recomendado que se use, devemos deixar o mínimo de coisas possíveis no berço para reduzir o risco de acidentes e sufocamento dessa forma optei por não usar.

Rolinhos são úteis para manter o RN na posição de barriga para cima que é a recomendada, Marina ainda hoje usa os dela, até porque dá um aconchego ajudando a acalmar o bebê.

Mosquiteiro só se na sua casa tiver pernilongos ou muriçocas, aqui não é o caso então ela não tem.

Itens dispensáveis.

- Mamadeiras;
- Chupeta;
- Termômetro para a banheira (quem em sã consciência vai colocar água tão quente que queime o filho?);
- Aspirador nasal (é péssimo, Marina chorou horrores quando tentei usar);
- Aquecedor para mamadeira;
- Esterilizador.

OBS: deixe para comprar mamadeiras se não conseguir amamentar por qualquer motivo, pois bebês que mamam no peito não precisam tomar nem água e se for oferecer seu leite desmamado ofereça em copinho de cachaça.

Então, meu enxoval ideal teria:

- 3 toalhas fralda;
- 1 toalha normal;
- 1 banheira com suporte ;
- 4 bodies manga curta (moro no NE não precisei de manga longa) - RN e 4 P;
- 4 macacões (2 RN e 2 P);
- 6 meias RN e 6 P;
- 1 par de luvas;
- 1 touca;
- 4 calças sem pé - RN e P (as sem pé dá para usar muito mas tempo);
- 4 camisetinhas - RN e P;
- 4 conjuntos de berço (lençol com elástico, para cobrir o berço e para o bebê, mais a fronha);
- 6 lençóis de xixi;
- 1 conjunto de rolinhos;
- 1 mosquiteiro se for o caso;
- 2 mantas de malha de algodão;
- 1 manta para frio;
- 1 babá eletrônica;
- 1 berço (ver recomendações do IMETRO) ou colchão ou cama (vai depender de como você vai dormir, se quartos separados, se mesmo quarto, se na mesma cama... se o quarto vai ser tradicional, montessoriano, waldorf etc)
- 1 cômoda ou armário;
- 1 cadeira de amamentação;
- 1 travesseiro (para apoiar na amamentação, qualquer um até o de amamentação rsrsr);
- 1 Wrap sling ou 1 Pouch sling (esse para iniciantes é mais fácil).
- Bebê conforto para usar no carro.
- Bolsa (1 maior e 1 menor) para levar as coisas do bebê ou uma mochila;
- 20 fraldas de pano;
- 1 balde;
- 1 bacia grande e 1 pequena;
- 1 termômetro.
- Tesoura para cortar as unhas;
- 1 conjunto com escova e pente;
- Itens de higiene: 1 sabonete, 1 shampoo, 1 hidratante (se você quiser) e 1 perfume (se você quiser);
- 1 garrafa térmica;
- Recipientes para colocar algodão e cotonete;
- Uma luz de tomada ou abajur;
- 1 Lixeiro com tampa e lavável;
- 1 trocador portátil;
- Fraldas descartáveis ou fraldas de pano modernas (estou em fase de testes com essas, depois conto como foi).

Não sei se esqueci algo, mas se esqueci é porque não foi lá muito útil rsrsrs


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Alimentação complementar: duvidas, angustias e caminhos trilhados.


Faz um tempinho que Marina iniciou a alimentação complementar, inicialmente não foi fácil, ela rejeitou mamadeira (ainda bem rsrsrs), copinho ou qualquer outra coisa. Eu dava os alimentos líquidos (suco e água) de colher mesmo, depois descobri que existia uma mamadeira colher e funcionou bem por um tempo, mas depois rejeitou também. Foi a hora do copo de transição que funcionou bem até recentemente quando ela cismou e só quer usar o copo normal, pode? Quanto aos sólidos no início foi rejeição total, eu colocava na boca e ela cuspia tudo, com o tempo foi aceitando pequenas quantidades e hoje em dia aceita bem na maioria das vezes. Uma dica valiosa e que me ajudou muito facilitando a aceitação dos alimentos foi misturar um pouco de leite materno no alimento que ia ser oferecido, realmente ajudou muito, ela aceitava bem melhor assim, depois fui tirando o leite aos poucos.

Posso considerar que hoje com 7 meses ela já se alimenta bem, mas antes dessa fase tive que domar minhas ansiedades e entender um pouco mais sobre essa fase, pois nós mamães acabamos por ansiedade querendo que o filho bata aquele pratão e a coisa não é bem assim.


A primeira coisa que tive que desencanar foi com a quantidade, pois o estômago da minha pequena é assim como ela: pequeno! Um pratinho cheio é muito! Aprendi a respeitar o ritmo dela, observando vi que geralmente ela come metade do que coloco no prato e com isso se satisfaz. Os motivos para não forçar ela a comer um volume maior são vários: não forçar seu estômago a se encher demais; deixar ela aprender a quantidade que a deixa saciada, assim ela vai desenvolvendo uma consciência alimentar; fazer da alimentação um momento de prazer e não uma guerra. Fiz isso meio que por instinto, mas depois lendo um pouco vi que é recomendação da OMS, olha só:

"A OMS recomenda às mães/cuidadores a prática de alimentação responsável, que usa os princípios de cuidados psicossociais. A prática inclui o respeito ao mecanismo fisiológico de autor-regulação do apetite da criança. Recomenda-se alimentar a criança, lenta e pacientemente, até que se sacie, jamais forçando-a a comer. Em casos de recusa, pode-se experimentar diferentes combinações, sabores, texturas e métodos de encorajamento não coercivos, desde que não distraiam a criança da refeição, que deve ser um momento de aprendizado que inclui atenção, conversa e contato visual entre a mãe/cuidador e a criança."

Outra coisa importante é a consistência do alimento, existem várias vertentes, pois a forma de introduzir a alimentação complementar também é cultural. Em países nórdicos é comum introduzir a alimentação com alimentos inteiros para serem consumidos pelo bebê com suas próprias mãos é a chamada de alimentação guiada pelas mãos do bebê, em inglês Baby-led Wearning (BLW). Já a OMS tem a seguinte recomendação:

"A consistência deve ser adaptada às necessidades e habilidades do bebê. O desenvolvimento neuro-lógico da criança determina a idade de introdução dos diferentes tipos de alimentos. Lactentes aos seis meses devem consumir alimentos semissólidos e macios (sob a forma de purês), podendo ser amassados, porém nunca liquidificados ou coados."

No nosso caso, optei primeiramente por oferecer os alimentos amassados, mas com o passar do tempo a própria Marina começou a rejeitar as frutas amassadas foi ai que conheci o BLW e passei também a oferecer os alimentos inteiros. E não é que a danadinha prefere assim? Ela come banana, ameixa fresca, melão, mamão, laranja cravo, pêssego e uma série de outras frutas inteiras. Parto um pedaço e ofereço, e ela, apesar de ter só 7 meses come tudo, deixando geralmente só a casca. É incrível, depois disso ela desenvolveu uma mastigação muito boa e não engasga de forma alguma. Porém continuo dando alimentos amassados, principalmente o almoço, e outros na forma de purê (papas e afins).

Atualmente faço um misto, BLW na maioria das frutas, porque ela adora! E comidinha de colher amassada para as refeições como almoço. Fiz isso porque trabalho fora e ela fica a tarde com a cuidadora, senti que precisava facilitar as coisas para ela. Se fosse só comigo seria BLW total, com sujeira e tudo, afinal o leite materno ainda é seu alimento principal.

Outro ponto que necessita reflexão é o sucoadoçar ou não? Oferecer ou não? Pode substituir o lanche? Não tenho as respostas, mas entendo que por causa do tamanho pequeno do seu estômago o suco ocupa muito lugar e tem poucas calorias e fibras em relação as frutas in natura. Dessa forma eu preferi restringir a um suquinho de laranja pós almoço só para ajudar a absorção do ferro. Porém essa foi minha decisão em relação a minha filha, pois ela não é uma criança gordinha, além de não comer um volume lá muito grande, então pode e deve comer alimentos com maior aporte calórico. 

Outra coisa que chamo atenção são os alimentos desnecessários nessa fase. O primeiro é o açúcar, apesar de acharmos que a papinha, suco, ou outro alimento vão ficar ruins sem açúcar, para o bebê não ficam não. Explico: Seu bebê tem uma quantidade maior de papilas gustativas, além delas estarem funcionando a todo vapor (rsrsr), assim o que para nós está aguado (pois nossa paladar já está viciado) para eles é uma explosão de sabores. O doce das frutas é suficiente, uma dica boa é usar frutas como banana ou maçã e pera cozidas para adoçar as papas.

Tudo o que falei do açúcar vale para o sal, ele é desnecessário, no caso de Marina iniciei sem sal mesmo, cozinhava e temperava com cebola, coentro,tomate, alho, pimentão vermelho ou amarelo (são mais suaves) e ervas (alecrim por exemplo), depois de tudo cozido com o fogo desligado colocava um fiozinho de azeite e só. Porém com o tempo ela passou a comer também o feijão de casa (com sal) porque cozinhar feijão só para ela ficava difícil, e daí a danadinha passou a aceitar melhor a comida salgada com um tiquinho de sal, mas só uma pitadinha e nada mais.

Os alimentos industrializados também são desnecessários, é fato que são práticos, mas também contém: conservantes, corantes e flavorizantes, tem sabor mais acentuado e acabam "viciando" o paladar de sua criança. Como assim? Experimenta dar aquelas papas sabor morango, chocolate, danoninho, biscoito, salgadinhos e afins... o que você vai ter? Uma criança viciada em açúcar (ou sal) que acha o sabor das frutas pouco doce para seu paladar. É claro que Marina vai acabar comendo isso tudo (principalmente quando for para a escola), mas ainda não é tempo, é muito cedo para isso. Outra coisa importante é que a introdução precoce desse tipo de alimento prejudica em médio e longo prazo tanto os hábitos alimentares das crianças como sua própria saúde levando ao aumento do sobrepeso e das taxas de colesterol, ou seja práticas de alimentação pouco saudáveis nos lactentes durante o primeiro ano de vida podem "potencializar o risco de desenvolvimento de doenças, como as cardiovasculares" Essa questão é muito séria no Brasil, Caetano et al em pesquisa com lactentes menores de 1 ano verificaram uso dos seguintes alimentos Danoninho (51,3%), doce (26,1%), macarrão instantâneo (16,2%), suco artificial (20,7%) e refrigerante (9,0%), entre outros alimentos totalmente inadequados para essa faixa etária. Isso é um problema de saúde pública, realmente muito sério,pessoalmente fico indignada quando vejo alguém oferecendo esses alimentos aos bebezinhos, só de imaginar a cena de uma pessoa colocando refrigerante na mamadeira me dá calafrios.

alimentação complementar deve ser diversificada, é bom que o bebê conheça diferentes texturas, diferentes sabores para assim desenvolver seu paladar. Esse para mim era um problemão, pois não sou lá essas coisas na cozinha e criatividade culinária não é o meu forte, mas a maternidade muda a gente de uma forma irreversível :) A internet é uma ótima amiga e foi nessas que encontrei esse blog aqui, ele tem receitinhas maravilhosas fiz algumas e Marina aprovou.

Para quem quiser, tem uma publicação ótima do Ministérios da Saúde, é o Guia Alimentar para menores de 2 anos é só clicar em cima e baixar, tem muitas informações e algumas receitas, vale apena ler.

Para mim o ato de oferecer alimento a um filho não é só um ato mecânico, precisamos refletir que hábitos alimentares quero que meu filho tenha? Como posso ajudá-lo a ser saudável? Muitas vezes o caminho mais prático  nem sempre é o melhor. 

Seguem outros arquivos com informações importantes que usei aqui:




sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Receita de papinha de aveia mais que especial.


Como já falei aqui, uma das minhas decisões como mãe foi não oferecer leite de origem animal (que não o meu rsrsrsrs) e seus derivados para Marina até ela completar um ano. Essa decisão, porém, poderia limitar as opções alimentares de minha pequena,. Entre os alimentos, um em especial tinha vontade de dar para ela experimentar, era papa de aveia. O motivo? Bom esse alimento remete a minha própria infância, e figura entre meus preferidos na forma de papa ou mingau bem quentinho ainda hoje.

Mas não é que nesse mundo de meu Deus a internet resolve quase tudo? Visitando alguns sites e grupos de discussão a procura de receitas para incrementar o cardápio de Marina me deparei com uma receita de papa de aveia com maçã e canela e resolvi experimentar.

(OBS: Essa foto não é da papa que eu preparei, comemos tudo e esqueci de tirar a foto, na próxima vez que fizer tiro a foto e ponho no lugar dessa.)



A receita é a seguinte:

Ingredientes: 2 maçãs pequenas, 1 e 1/4 de xícara de água fervida, uma pitada de canela em pó e aveia (usei farinha de aveia, mas pode ser em flocos também).

Preparo:
1. Lave e raspe as maçãs (pode ralar, fatiar bem fininho ou processar no mixer), leve ao fogo com a canela e 1/4 de xícara de água. Cozinhe a maçã que deve ficar molinha (cuidado para não deixar secar a água, eu tive que acrescentar um pouco a mais).
2. Separe a maçã cozida do caldinho que fica na panela e reserve.
3. Dissolva a aveia em 1 xícara de água fria, junte o caldo do cozimento da maçã e leve ao fogo, vá mexendo até ter consistência de papa (quando desgruda do fundo da panela), nesse momento acrescente a maçã cozida.

Rende bastante, aqui deu três pratos dos de sobremesa, o que para Marina é demais, na próxima vou tentar fazer metade.

Voltando a nossa experiência gastronômica, deixei esfriar um pouco e dei a ela, e ela simplesmente amou! Comeu uns 80% do prato, achei demais pois normalmente come metade disso. Foi lindo de ver, ela dava risada, e quando engolia abria a boca para mais...rsrsrs. 

Fiquei tão feliz (felicidade que só quem é mãe entende, de fazer uma comida e o filho gostar), temos mais uma opção no cardápio :) Quem disse que tem que ser açucarado para ficar gostoso? É só lembrar que as papilas gustativas dos nossos bebês estão desacostumadas com o doce intenso do açúcar e ainda por cima estão tinindo de novas, ou seja, sentem o gosto com mais intensidade.

Eu também comi a papa, estava gostosa, lembra gosto de torta de maçã só que menos doce e diferindo obviamente na consistência, na próxima vou tentar fazer de banana com canela, acho que vai ficar mais gostosa ainda.

Por último uma informação muito importante, que as mamães vão querer saber: a papa foi de fácil digestão, ela não teve gases e evacuou normalmente.


A recita foi retirada do grupo de BLW do facebook, segue o link:http://www.facebook.com/groups/122693721210932/doc/130762117070759/



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

E com vocês os saltos de desenvolvimento...

Esse post era para ser sobre o natal, mas o tempo passou, fiquei sem tempo para escrever, e acabou virando post de ano novo :)

Estou viajando com Marina na casa das avós, e a mudança de rotina veio junto com o nascimento do segundo dente e um salto de desenvolvimento, resultado: bebê só quer colo e mamãe só que cama rsrsrs.

Agora falando sério, ela realmente está passando por um salto de desenvolvimento, tem informações boas sobre esse fenômeno aqui nesse artigo da Andréa Mortensen, vale a pena ler. Mas resumindo é sabido que os bebês não se desenvolvem em um ritmo constante e sim irregular, então existem períodos chamados saltos de desenvolvimento que acontecem quando o bebê está adquirindo novas habilidades (segurar a cabecinha, sentar, balbuciar... etc). Para que isso ocorra seu cérebro precisa se "remodelar", novas sinapses vão se formando e isso geralmente leva o bebê a ficar mais inquieto, as vezes choroso, altera seu padrão de sono, pode querer mamar mais, solicita mais a mãe entre outras coisas.

E é incrível como isso acontece, sempre depois de uma noite punk, com váaaaaaaaaaaarias acordadas, chorinho e muito (mas muito mesmo) mamarzinho na mamãe aqui ela me aparece com uma novidade. Tá que tá, uma graça, sentando com mais equilíbrio, balbuciando para caramba - papapa - dando gritinhos e mais gritinhos. Também consegue se entreter mais com os brinquedos, pega, para olha, mexe, coloca na boca, depois pega outro e assim vai. A alimentação é um capítulo a parte, ela simplesmente se nega a comer frutinhas amassadas, quer inteiras e na mão dela, o copo também, prefere os normais, nem pensar mamadeira, é mole? É isso ai, pelas minha contas  faltam ainda uns 5 saltos de desenvolvimento, vamos lá :)

Os saltos de desenvolvimento geralmente ocorrem nos seguintes períodos:

- 1 mês (5 semanas);
- 2 meses (8 semanas);
-  Quase 3 meses (12 semanas);
- 4 meses e meio (19 semanas);
- 6 meses (26 semanas);
- 7 meses (30 semanas) - estamos nesse aqui!
- 8 meses e meio (37 semanas);
- Quase 11 meses (46 semanas);
- Quase 13 meses (55 semanas);
- Quase 15 meses (64 semanas);
- 17 meses (75 semanas).


Só mais uma coisinha, apesar do "trabalho" teoricamente aumentar nessas fases conhecer e saber da importância de cada um desses saltos tornou (para essa que vos escreve) esses momentos alegres, pois eles são necessários para o desenvolvimento de minha filha, assim, encaro tudo com animação pois é sinal que ela tá crescendo saudável. Já as noites insones planejo tirar todo o atraso lá para 2016 na copa, quem sabe :)