terça-feira, 9 de julho de 2013

Marininha não quer comer, e agora?

Esse blog anda um pouco abandonado, nesses últimos tempos, depois que Marina fez um ano, foram tantos probleminhas que aconteceram por aqui, mas agora tudo bem!

Novidades nessa fase são muitas: minha bebezinha, já faz algum tempo, está andando. Está muito mais arteira do que já era, agora deu para escalar tudo, nada é empecilho, sofá, cadeira, brinquedos do play, canteiros e por ai vai... cá para nós eu estou amando tudo isso, acho lindo ver ela feliz vencendo os obstáculos. A cada dia mais palavrinhas entram no seu vocabulário e ela agora deu para falar muito, as vezes sem parar, só que numa língua própria, é muito engraçado.

A preocupação da vez? Bem, pós doença, nascendo dois dentinhos novos, no meio do salto de desenvolvimento, do alto do seus 13 meses Marininha resolveu fazer greve de fome. Ela literalmente, não aceita nada, nadica de nada! Ainda bem que tem o peito salvador, e como mamar ela não recusa, pelo menos sei que está se alimentando. Só fico preocupada, porque tem dias que nem pera (uma de suas frutas preferidas) ela quer comer, coisa de mãe mesmo.



Mas o que será que causa essa variação de apetite? Fisiologicamente, a partir de 1 ano a criança diminui seu ritmo de crescimento então o bebê começa a precisar de menos alimento, como ainda são muito instintivos, naturalmente reduzem a quantidade de alimentos. A isso se somam as doencinhas típicas dessa fase, o nascimentos dos dentes, além dos saltos de desenvolvimento.

Apesar de saber disso, tentei muita coisa para melhorar essa ingesta alimentar, umas deram certo outras não, por isso compartilho aqui algumas medidas que ajudam quando o assunto é melhorar o aporte nutricional de minha pequena:

1. Deixar comer com as próprias mãos, inclusive o almoço. Para isso tenho feito comidinhas que ela pode pegar com as mãos como bolinho de carne e arroz no forno, legumes em palito assados no forno ou vapor, frutas cortadas e por ai vai;


2. Reforçar a alimentação, já que ela come pouco que pelo menos o pouco que come seja nutritivo. Tenho colocado quinoa no arroz (que é integral) e na papa de aveia, tenho usado também gergelim + aveia + quinoa nas massas de pão, bolo ou biscoito caseiros que ofereço a ela. Dar preferencia a frutas mais calóricas: manga, abacate, banana, açaí.

3. Não insistir, não forçar. O que aprendi foi, ficar forçando não dá resultado, ela estressa, eu estresso. Imagina como deve ser ruim uma pessoa enfiando comida na sua boca quando você tá realmente sem vontade de comer? As vezes rola uma distraçãozinha para a primeira colherada, só para ela provar, porque notei que as vezes ela tem "preguiça" de começar a comer, e é só. Muitas vezes quando faço isso ela sente o gosto e gosta da comida ela continua a comer, mas se não quer não insisto.


O perigo de forçar a comer é a criança associar a alimentação a algo ruim, estressante, ai sim teremos um problemão! Comer deve ser um prazer, se é assim comigo porque com meu filho deve ser diferente?

4. Ser regular na forma e horários que oferece alimento, não precisa de uma rigidez militar, mas um pouco de ordem é bom. Por aqui ela mama leite materno em livre demanda quando estou presente (e tem mamado muito principalmente quando está doente) e a rotina alimentar é mais ou menos assim:

- 06:00) Acorda e mama na cama ainda;
- 07:00) Café da manhã (fruta em pedaços + suco natural + pedaço de pão integral (na maioria das vezes) ou outro carboidrato;
-10:00) Lanche: fruta ou suco (as vezes também uma bolacha);
- 13:00) Almoço: 1 carboidrato complexo + 1 proteína (ela prefere carne vermelha, mas estamos insistindo em frango e peixe) + 3 tipos de legume + fruta ou suco;
- 16:00) Frutas batidas com leite (estou usando o integral tipo A ou a forma láctea Aptamil 3 que é menos ruim que o Ninho fases)+ aveia+ gergelim+quinoa
- 19:00) Jantar: mesmo do almoço ou papa de aveia com frutas,sopa, macaxeira, inhame, ou batata doce.
- 20:00) Hora de dormir: mamar.

Parece muita comida? Mas não é, as porções são de bebê, então quando falo em fruta estou falando de no máximo dois pedaços de pera ou metade de uma banana e só, ele não aguenta mais. A comida salgada a mesma coisa, porções bem pequena, o equivalente a quatro colheres de sopa cheias, e na maioria das vezes ela não come tudo.

O volume maior de suco foi inclusão recente, até 1 ano evitava ao máximo, preferia a fruta por entender que o aporte nutricional e calórico era maior. Mas quando tá sem apetite o suco acaba sendo melhor aceito, assim sempre dou um jeito de reforçar (não uso açúcar nem água, uso mais de uma fruta quase sempre).

É claro que isso é o que eu ofereço, está longe dela comer isso tudo, mas permaneço com a rotina, mantendo a regularidade.

5. Comer não é só para matar a fome, é um ato social também. Então procuro estar com ela a mesa nas refeições, comer junto nem que seja só um pouquinho. Como trabalho fora durante a semana faço isso nos cafés da manhã e jantares, aos finais de semana sentamos em todas as refeições, inclusive lanches.

6. Não transformar comida em prêmio, nem oferecer qualquer coisa só porque seu filho não está querendo comer. Sei que a tentação é enorme, mas que adianta comer biscoito recheado e refrigerante? Tá só consumindo caloria vazia, sem nutriente. Não ofereço danoninho, açúcar, chocolate, biscoito recheado ou wafer, refrigerante, suco industrializado, neston, farinha lactea, mucilon, maisena, salgadinho ou qualquer dessas besteiras. Claro, uma hora ela vai pedir, e quando pedir vou dar porque não acredito em nada que seja tão severo, mas claro que esse tipo de alimento será exceção.

7. Não esquecer que seu filho é único, não dá para ficar comparando, isso só vai elevar seu stress, ainda mais se seu filho for feito a minha que é magrinha. Cada criança come o que precisa, nós adultos é que "aprendemos" a comer sem necessidade só por gula. Cuidado também com a opinião dos "especialistas" dia desses na emergência a pediatra que atendeu Marina disse:

"Só 8 quilos? Ela deveria estar pesando uns 10... " Nessa hora fiz cara de alface, porque estava muito mais preocupada com a saúde de minha filha. Mas cá para nós, que opinião sem nexo é essa, ela acompanhou a curva de crescimento de Marina? Calculou seu IMC para ver se ela estava com baixo peso? Porque peso por si só não é parâmetro de nada. Cada criança tem um ritmo de crescimento, Marina sempre aumenta de altura e peso, mas sempre esteve entre os 25% mais magros da curva, ou seja, normal. 

8. Muita, muita paciência e entoar o mantra: "É uma fase e vai passar" também ajuda.










Nenhum comentário:

Postar um comentário